sexta-feira, 6 de junho de 2008

Santos

Aproxima-se mais uma edição dos Santos Populares de Lisboa. Parece que foi ainda ontem que a Marcha do Alto da Pina nos deu a conhecer os encantos dos 75 anos de Marchas. Este ano ficaremos maravilhados com a Marcha de Alcântara (Sociedade Filarmónica Alunos Esperança) e a sua interpretação da Chegada da Família Real ao Brasil assim como o desfile único que a Marcha da Madragoa (Esperança Atlético Clube) nos proporcionará sobre o Ano Europeu Diálogo Intercultural. Será uma noite repleta de cultura e paixão citadina suportada por um nostálgico retorno aos anos dourados do Fado...

Fogo! Não consigo mentir... Odeio as Marchas... A minha noção de desfiles fica-se por pelas curvas da Giselle Bunchen, os outros com velhas a rebentar pelas costuras que se sentam de perna aberta para arejar o armazém seguidos de miúdos infelizes que só desejam que nenhum colega da escola o esteja a ver dispenso... Já montaram bancadas para milhares, quiça milhões de Lisboetas se juntarem na Avenida da Liberdade e seguirem 7 horas seguidas de tédio sem igual e a mim não me apanham lá. Se ainda as tivessem montado para seguir o espectáculo que o grupo de 200 mil comunistas de boné proporcionaram eu era menino para ir lá comer uma "fartura à ótario" mas para ouvir aquelas vozes agudas a cantar "Cheira a Lisboa" quando na realidade deviam cantar "Cheira a Bacalhau" ou talvez mesmo interpretar o tema de Carlos do Carmo: "Lisboa, Velha e Gasta".

Contudo nem tudo é mau. Sempre podemos ir mais para a beira do Rio e aglomerarmo-nos para beber Cerveja na Rua e comunicar com os grupos de pessoas mais estranhos que existem. Compramos cerveja quente a pessoal que acha higiénico encher um caixote do lixo com latas de Super Bock e vendê-las a 2 Euros cada e ficamos no meio da rua sem local para nos econtarmos e sujeitos a levar com o gregório de um amador que não conhece as regras dos Alcoólicos Profissionais.

Pensando bem nem isto me vai levar aos Santos este ano... Bora para o Solar?

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